5 de novembro de 2011

Não lembrar de sonhos


“Os sonhos não nos protegem das vicissitudes, doenças e eventos dolorosos da existência. Mas eles nos fornecem uma linha mestra de como lidar com esses aspectos, como encontrar um sentido em nossas vidas, como cumprir nosso próprio destino, como seguir nossa própria estrela, por assim dizer, a fim de realizar o potencial de vida que há em nós.”
“A maioria das pessoas que entrevistamos na rua afirma não se lembrar dos próprios sonhos. Um rapaz, bem humorado, disse: “A única coisa que me lembro dos sonhos é que não consigo lembrar deles.” Por que as pessoas não se lembram dos próprios sonhos?
Acho que é porque não prestam atenção. Algumas pessoas que me procuraram já disseram coisa do tipo: “A senhora analisa as pessoas através dos sonhos, não é? Bem, comigo não vai dar certo porque nunca sonho” Dou um sorriso amarelo e digo: “Tudo bem, vamos ver.” Na noite seguinte eles devem ficar remoendo: “Será que vou sonhar?”  Muitas vezes, o simples fato de colocar a questão provoca um sonho. Assim, na verdade, nunca encontrei alguém que não sonhasse. Salvo, às vezes, pessoas num estado de depressão muito forte, que ficam com o que chamo de constipação onírica. Pessoas assim sonham pouco e costumam sentir-se melhor quando começam a sonhar. Os sonhos também rareiam na velhice, após os 80 anos, mas eles reaparecem um pouco antes da morte.”
Essas são citações de Marie Louise em seu livro O Caminho dos Sonhos.