Em uma sociedade
tradicional os papéis masculino e feminino são claramente definidos. Deméter é
a mãe; Core é a filha; Posídon é o pai e Hades o homem que rouba a filha para
criar um novo lar e reiniciar o ciclo.
Na sociedade moderna
os papéis estão indefinidos, pois a mulher também exerce funções antes ditas
masculinas, como trabalhar fora para sustentar a família; e o homem exerce
funções antes exclusivamente femininas, como cuidar do nenê e lavar a louça.
Hoje, nos perguntamos: afinal o que é ser masculino ou feminino?
A mulher moderna ao
acordar mobiliza seu homem interior e sai para a luta do dia a dia, faz e pensa
em 10 mil coisas ao mesmo tempo, resolve mil pepinos; enquanto trabalha,
coordena a distância sua casa, faz compras e paga contas pela Internet. Mas,
quando chega em casa facilmente é “possuída” pelo seu homem interior, dirigindo
o marido e/ou filhos como se fossem seus empregados, não tolerando erros de
ninguém e muito menos os seus próprios. Muitas mulheres são torturadas pela
obsessão de ver tudo limpo e organizado e não conseguem relaxar. A vida pessoal
fica em cacos, pois tudo vira dever e obrigação, e já não é mais possível ficar
apenas com quem se ama e esquecer um pouco da “máquina” que não para de girar.
Essa incapacidade de
relaxar, de estar com o outro é sintoma da possessão de animus, é importante
que a mulher perceba que está possuída, controle-se, negocie com a voz interior
que não para de assoprar em seu ouvido: “Ih! não fui na farmácia. Não fiz isto
ou aquilo. Fulano não fez o que eu mandei, etc”, respire fundo e curta uma
noite gostosa consigo mesma ou com sua família.