9 de novembro de 2008

O carneiro selvagem

Todos nós temos um carneiro selvagem dentro de nós, podemos reconhecê-lo naqueles momentos em que estamos irritados, nervosos, com vontade de matar quem chegar perto. É comum, nestes momentos, o parceiro chegar querendo carinho e proteção, e levar uma bela patada. A briga começa e surge a fantasia para os dois que chegou o momento da separação definitiva. O mito de Psiquê nos fala sobre isto:
A outra tarefa que Afrodite impôs a Psiquê foi que ela deveria pegar chumaços de lã de ouro dos carneiros selvagens que viviam do outro lado do rio. Psiquê sabia que os carneiros a destroçaria se ela tentasse chegar perto deles, era uma missão impossível. Ela chorou e pensou em se matar.
Podemos comparar a lã de ouro com a necessidade de carinho e proteção; os carneiros selvagens com a raiva, a irritação; e a reação de Psiquê com a sensação de que o relacionamento vai morrer.
Mas, o rio ajudou Psiquê dizendo que ela deveria esperar o sol do meio dia, momento em que os carneiros dormiam, e retirar os chumaços de lã que ficavam presos nos galhos das árvores. E foi o que Psiquê fez.
Esperar o momento em que o outro se acalme para depois receber carinho e proteção, parece algo tão óbvio, mas exige auto controle e paciência.

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