O segundo sonho de
Gleide foi o seguinte: “Eu estava preparando um grande evento. Vi um poço,
olhei dentro dele e vi uma serpente imensa. Fiquei apavorada. Contei para o meu
tio e ele controlou a serpente com tranqüilidade.”
A serpente lembra um
falo e também está associada a terra, sendo assim é um símbolo do masculino e
do feminino.
O sonho indicava que
Gleide precisava encarar seu poder masculino, incorporar seu papel de gerente,
aprender a lidar com as intrigas de poder na empresa e também desenvolver sua
feminilidade. Uma tarefa nada fácil, pois Gleide era filha de mãe solteira; na
ausência do pai, sua mãe foi obrigada a assumir o papel masculino e Gleide não
tinha nela um modelo feminino.
Gleide também teve de
desempenhar um papel masculino, começando a trabalhar aos 15 anos, investindo
nos seus estudos, e isto salvou sua vida, tirando-a da miséria, da mesma
maneira que, no sonho, o tio a salvou da serpente.
A questão era que
Gleide estava distante de seus sentimentos e instintos femininos, fazia do trabalho
sua “única” fonte de realização.
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