João e Maria apaixonam-se. João tem certeza que encontrou,
finalmente, a mulher ideal; Maria conta para todas as suas amigas que João é,
com certeza, o homem de seus sonhos. Até o momento em que começam as
discussões. João se queixa aos amigos: eu não sei o que acontece, mas às vezes
Maria parece ser outra mulher, parece que está com o diabo no corpo. Maria diz
para as amigas: Eu adoro João, mas ele, às vezes, fica insuportável, parece um
menino chorão.
Quando duas pessoas se apaixonam, apaixonam-se
inevitavelmente pela imagem que formam da pessoa amada. Mas essa imagem, a primeira, nunca é
completa: há sempre aspectos da pessoa que só se revelam com o tempo. Um dos aspectos
que uma mulher sempre demora a descobrir no homem pelo qual se apaixonou é o “o
menino chorão” dentro dele, o lado feminino, o qual Jung chamou de Anima. Da
mesma forma, o homem dentro da mulher, que Jung chamou de Animus e João
descreveu como “o diabo no corpo” de Maria, só se revela com o passar do tempo.
Na verdade, em todo relacionamento há 4 “pessoas” relacionando-se:
João e o menino chorão (seu lado feminino que faz ele comportar-se como uma
vítima), Maria e seu lado masculino (que acredita estar sempre com a razão).
Essa é uma dinâmica que, quando mal compreendida, destrói muitos
relacionamentos que teriam tudo para dar certo. É sobre essa questão que eu vou
conversar com vocês nas próximas semanas.
3 comentários:
Curti! Fala mais..
Cecília, ninguém melhor que vc pra acalmar e controlar o danado do "Animus" que aflora de repente dentro da gente e em situações inesperadas.
Bjs,
Ana Kuniko
Meu animus não suporta animas rsrsrs
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