Assim como a Anima é o lado feminino do homem, o Animus é o
homem que a mulher carrega dentro de si. É o aspecto da personalidade que permite à mulher
afirmar-se profissionalmente, ter iniciativa e ideias próprias. Hoje, mais do
que nunca a mulher precisa desenvolver seu Animus para poder vencer e ter voz
própria num mundo no qual os homens ainda dominam. O perigo é deixar-se dominar
por ele.
A mulher dominada pelo Animus tende a acreditar que ela
é “dona da verdade”, está sempre com a
razão, ás vezes, ela pode realmente estar certa. Mas, o animus faz com que ela
se expresse de forma agressiva e autoritária e a discussão vira bate boca.
Porém a possessão de Animus pode se manifestar da forma
oposta: levando a mulher a acreditar que ela é fraca, ineficiente, submissa,
incapaz de dirigir sua própria vida, nutrindo fantasias de morte, sentindo-se
torturada, deprimida pensando até em suicídio. Essa mulher tende a ser distraída,
como se não estivesse plenamente presente – talvez com maneiras charmosas e
femininas, mas tudo como se estivesse parcialmente adormecida.
Em suma, o animus pode levar a mulher agredir o outro (primeiro
caso) ou a si mesma (segundo caso). Mas trata-se sempre de agressão e numa
agressão alguém sempre sai machucado. Para uma mulher possuída o importante é
reconhecer a possessão, tentar controlá-la e ativar as características
positivas do seu homem interior: ver com clareza e objetividade o que está acontecendo,
agir e falar no momento certo, ser criativa. Ao dominar seu lado masculino a
feminilidade vem á tona, isto é, a mulher aprende a se colocar no lugar do
outro, respeitar suas intuições, seus sonhos e fantasias.
As mulheres levaram anos lutando contra a tirania dos homens
lá fora, agora precisam libertar-se da tirania do homem que trazem dentro de
si.
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