11 de maio de 2008

Mulher Atená

Métis, a deusa da sabedoria, foi a primeira esposa de Zeus. Havia uma profecia que dizia que se Métis tivesse uma filha e depois um filho, este último destronaria o pai. Por isto, quando Métis ficou grávida, Zeus a engoliu.
Tempos depois, Zeus sentiu uma forte dor de cabeça. Não sabendo de que se tratava, ordenou a Hefesto que lhe abrisse o crânio com um machado. Executada a operação, saltou da cabeça do deus a deusa Atená, já vestida e armada com lança e escudo, dando um grito de guerra.
A mulher Atená é aquela que coloca a razão (simbolizada pela cabeça do pai) acima do sentimento (representada pela mãe engolida). Ela procura manter um certo distanciamento emocional das situações que vive, analisá-las racionalmente, e atuar de maneira eficiente.
Hoje, para defender uma tese, ser promovida, assumir cargos de poder, enfim, enfrentar qualquer tarefa que exija uma cabeça fria e raciocínios claros, a mulher precisa ativar Atená dentro de si. Uma executiva, por exemplo, não pode chorar numa reunião importante, porque se sentiu ofendida por algum comentário – o que se espera dela é uma reação objetiva e racional. A mulher Atená dificilmente chora e fica indignada com qualquer demonstração de fraqueza. Ela está sempre com a lança e o escudo nas mãos, disposta a lutar por seus objetivos e não é dada a ataques emocionais.
Atená era o braço direito de Zeus, a protetora dos heróis gregos, e não se casou. Hefesto tentou seduzí-la, mas foi rejeitado.
A mulher Atená também tem mais facilidade em se relacionar com os homens do que com mulheres, principalmente com homens-heróis, aqueles que ocupam, ou tem potencial para conseguir atingir cargos de poder. Mas ela os vê como parceiros de “guerra” e não como amantes.
A mulher Atená, assim como a deusa, muitas vezes não se casa. O fato de detestar sinais de fraqueza, tanto em si quanto nos outros, a leva a desprezar todo “sentimentalismo” e a ter dificuldade em mostrar seus sentimentos. Para se dar bem emocionalmente e em suas relações amorosas, ela precisa ativar outras deusas dentro de si. Afinal, o amor não é regido pela lógica.

2 comentários:

Nath disse...

Acho que já ouviu falar desta deusa... Hehehe. Aliás, estou precisando chamá-la de volta, precisando muito voltar à ativa. Cecília, você não me respondeu: e este seu outro livro na gaveta?!
Estou adorando seus posts, espero que continue assim (pena que é só uma vez por semana...).

Mi disse...

Atená!! Muitas vezes tento matar minha Afrodite com a Atená!!
Guerra constante entre a lógico e a emoção.
Elas se davam bem?? Acredito que não, pelo menos dentro de mim é uma confusão generalizada, hahaha.
Beijos