Ana, 40 anos, sonhou: “Era noite escura. Eu estava correndo na avenida Paulista. Havia outros que também corriam, como se disputássemos uma corrida. De repente, vi uma lua vermelha surgindo sobre os prédios, Não era vermelha, exatamente. Pulsava como uma estrela. Parei por um instante, fascinada. Eu me dei conta de que ia ser deixada para trás e retomei a corrida. Isso aconteceu mais duas vezes. Acordei ofegante.”
Ana comentou: “Sou gerente comercial de uma grande empresa. Tenho a agenda cheia, passo o dia participando de reuniões, lendo e preparando relatórios, telefonando, digitando, dando ordens. É só resolver um problema que aparece outro, e lá vou eu de novo. Em casa, também, sou sempre eu que tenho de resolver tudo. Não deve ser por acaso que sonhei que estou correndo.”
Ana representa a mulher moderna: uma profissional competente atuando em um mercado de trabalho agressivo, em que homens ainda dominam. Para vencer, ela tem de ser melhor do que todos. Mas, o sonho de Ana revela que ela precisa dar umas paradas, e olhar para a lua, isto é, para o seu lado feminino.
Um comentário:
Acho uma infelicidade - para não dizer uma estupidez - que as mulheres tenham que viver somente do seu lado masculino no mercado de trabalho. Os atributos femininos, como a intuição e a sensibilidade, podem ser absurdamente válidos no meio corporativo. Quem perde são elas, que deixam sua essência de lado, e o mercado, que não evolui.
Um abraço!
Nathália
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