Durante séculos os padrões de comportamentos mais
valorizados na mulher foram Core, Demeter e Hera, padrões ligados às únicas
funções que as mulheres exerciam na sociedade patriarcal: o de filha (Core), o
de mãe (Demeter) e o de esposa (Hera). Em geral, o homem interior de cada uma
delas tende a assemelhar-se ao seu “par” na mitologia. Core, por exemplo, casou-se
com Hades – o Senhor do Submundo, o Reino dos Mortos, uma escura caverna
subterrânea. As mulheres Core, quando dominadas por seu animus, tendem a cair
em depressão profunda e fechar-se em si mesmas como se estivessem “presas no
inferno”. O homem interior Hades é autodestrutivo: a agressividade da mulher ao
invés de ser dirigida para fora, volta-se contra ela mesma. Ela torna-se hipersensível,
interpretando qualquer comentário como uma crítica; se desvaloriza e perde toda
alegria de viver, chegando a desejar a morte.
Mulheres Core, no entanto, nem sempre vão por esse caminho.
Como “filhas” elas procuram homens fortes que possam dar-lhes uma sensação de
segurança. Numa relação equilibrada, não há nada de errado com isto. Uma mulher
Core sadia pode encontrar um homem que a compreenda, aumente sua auto estima e lhe
dê segurança. Mas, esse é um caminho perigoso: se ela encontrar um homem forte
e dominador, ele pode aumentar ainda mais sua insegurança criticando tudo o que
ela faz de forma a garantir seu domínio sobre ela.
O importante, para uma mulher Core é ela perceber que este homem poderoso vive dentro de si e desenvolver sua
própria auto estima e auto confiança, afastar-se de qualquer homem que tente
diminui-la e ligar-se somente àqueles que a valorizam.
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